Na verdade, até eu tenho alguma dificuldade em saber quando e como se consegue “cortar” o verdadeiro cordão umbilical.
Aquela ligação extremamente dependente entre pais e filhos e vice-versa.
O primeiro corte é feito logo no momento do nascimento, no entanto, este apenas se limita a ser uma separação física.
A partir deste momento é uma grande aventura e um mundo de descobertas dia após dia. No meu entender, o “corte” tem de se ir fazendo consoante o crescimento da criança. Temos um ser que precisa aprender a viver e sobreviver no caso de algo acontecer.
Aliás somos a única espécie que cria os filhos até estes chegarem ao estado adulto, por isso, temos muitas vezes tanta dificuldade em tomar decisões e seguir caminhos sem a aprovação de alguém.
A própria criança tem necessidade de ser independente desde o momento que começa a interagir com o mundo exterior.
Por vezes, somos nós os pais a ter mais dificuldade em fazê-lo que elas próprias. Se nós reparamos e dedicarmos alguns minutos a observar algumas crianças conseguimos perceber o quanto elas gostam de descobrir por si mesmas o que se passa.
A função do adulto deve ser apenas e só de orientação e não de posse.
Ninguém é propriedade de ninguém. Vimos ao mundo, crescemos e vivemos a nossa vida. Os pais são fundamentais em todos os processos, mas nunca devem ser agentes limitadores.