Cada vez mais nos deparamos com muitas questões na hora de decidir a maternidade/paternidade.
A vida que somos “obrigados” a viver na atualidade, é completamente diferente da que se vivia há uns anos.
Cada vez mais se torna difícil decidirmos se queremos ter filhos ou não! Porque será que isto acontece?
Acontece porque existe muita falta de tempo. Tempo para parar e nos dedicarmos a nós e ao que nós queremos. Outras vezes temos tempo, mas não queremos abdicar do pouco que temos para nos tornarmos responsáveis por um ser humano indefeso que irá crescer e aprender com o que lhe ensinamos.
Em raras exceções existem os que pensam que nunca vão conseguir assumir uma responsabilidade tão grande, como também os que olham para o mundo e pensam que não querem um filho(a) a ser criado nos tempos que vivemos, de incerteza constante.
Quando?
Não existe um quando exato. Enquanto mãe posso dizer que fui mãe quando destinei. Era a altura certa? Não, não era. Profissionalmente não tinha estabilidade, não tinha casa própria, não tinha estabilidade financeira, apenas tinha uma certeza: queria ser mãe.
E com esta certeza decidi dar continuidade ao meu chamamento interior e ao meu sonho de experimentar a maternidade, logicamente porque tinha um companheiro que partilhava, tanto ou mais do mesmo sonho.
Neste momento, acredito que estejam a pensar. Esta mulher não pensa! Decidiu ser mãe sem ter uma vida estável.
Mas a verdade e tal como referi acima nunca sabemos qual é o momento certo.
Via e vejo tantas pessoas sem condições a ter uma coleção de filhos. Porque não haveria de o fazer!
Medo de trabalhar nunca tive, portanto, a força da idade chamava por mim. Com vinte e nove anos já começava a ficar um pouco tarde para o que pretendia. Sim, porque sempre sonhei ser mãe tão jovem como a minha mãe foi.
Por várias circunstâncias da vida, uma delas os estudos não fui mãe com 18 anos, tal como a minha mãe. Fui aos trinta e não fui tarde. Foi das decisões mais acertadas que tomei na minha vida, mesmo com todos os dissabores que possa ter tido depois.
O pai do meu filho sempre fez bem o seu papel. Dentro do que é espectável cumpriu e cumpre a sua tarefa com amor e dedicação. Sempre foi um cúmplice durante este processo a que me propus. O resto como eu costumo dizer, é pura paisagem.
Hoje o meu filho tem dez anos e é das crianças em quem mais orgulho tenho. Não afirmo isto por ser meu filho atenção. Afirmo porque é uma criança muito preocupada, dedicada, carinhosa, que se interessa por ajudar o próximo e acima de tudo porque é verdadeiro. Mesmo sabendo que a dizer a verdade vai ser punido, nunca escolhe o caminho da mentira.
Isto, ensina-se e aprendesse pelos exemplos que se tem.