Certamente, já ouvimos dizer muitas vezes que mimo em excesso estraga as crianças. Ouvimos sempre ou quase sempre estes comentários quando uma criança faz uma birra ou tem uma atitude menos correta ao pé dos adultos. Quantas vezes ouvimos dizer: se fosse meu filho levava já uma palmada. Isso é excesso de mimo.
Como é óbvio e mais que compreensível todas as crianças têm mimo, e mal daquelas que não tem. Isso sim deve ser motivo de preocupação. A teoria do mimo em excesso não me parece fazer muito sentido. É algo inato que sai de dentro de nós quando passamos a ter no mundo um ser que depende de nós para crescer e ser feliz. Se não se mima quando se é criança quando se vai mimar! Logicamente que este mimo não pode ser confundido com permissibilidade. O facto de mimar, não significa que se deixe a criança fazer tudo o que quer e quando quer. Nada acontece quando nós queremos e como queremos. Em tudo tem que haver regras e limites para ser harmonioso.
Muitas pessoas queixam-se que os filhos não obedecem quando elas falam. Porque será que isto acontece? Acontece porque os pais desde um princípio não colocaram regras nem limites. Criança é um ser inteligente e perspicaz ao contrário do que muitos adultos pensam, ela tem um poder inato de “manobrar” tudo à sua volta. Elas sabem que são “sedutoras” neste sentido e sabem a quem se devem dirigir para obter a resposta que querem. Por isso, andam sempre na corrida da mãe e do pai.
Mimo em excesso não estraga, o que estraga é a falta de regras e coerência entre os progenitores. Aliás quando os pais entram neste mundo da falta de concordância, estão a cultivar a “desgraça” e a falta de autoridade.
