O Mundo Das Crianças

Porque as nossas crianças não podem falhar

Ainda existem muitos pais, professores, educadores, avós, tios… que não entendem, nem permitem que as crianças falhem.

Estão tão focados nos resultados que esquecem que todos nós falhamos, e é esse mesmo falho que nos permite crescer e aprender a fazer melhor.

Uma criança cometer um falho é algo perfeitamente normal e corrente. Não vejo tão normal, é os adultos não compreenderem esse falho.

Como já referi, em algumas situações ninguém nasce ensinado muito menos as crianças.

Elas, como todos nós aprendem de diversas formas. Com o que as rodeiam, com o que veem, com os exemplos que tem, com o crescimento e com a partilha de ideias.

Se a figura do adulto ensinar à criança que falhar faz parte do processo de crescimento e aprendizagem, todas elas vão aceitar este falho com mais serenidade, normalidade e menos frustração.

As crianças, também não gostam de falhar e quando falham ficam tristes, choram, chegando algumas até a ficar deprimidas com a situação.

O que faz diferença na forma como elas lidam com o falho?

A grande diferença está na forma como são ensinadas, e esse papel é dos adultos.

Se temos um adulto que quando a criança faz algo errado se limita a gritar e humilhar, esta mesma criança quando cometer algum erro vai chorar, gritar, ter medo, ficar assustada… entre outras reações.

Se em contrapartida, tivermos um adulto que conversa com a criança e lhe explica, porque aquilo aconteceu, ela vai estar mais atenta e com maior facilidade deixará de cometer esse mesmo falho.

As atitudes diferentes estão relacionadas com os diferentes ensinamentos.

Todas as crianças, tal como todos nós gostamos de ser esclarecidos quando algo não correu tão bem. Podemos falhar, mas se o falho é detetado também temos o direito de ser esclarecidos para podermos fazer melhor.

Por isso, o feedback das situações, quer sejam boas ou menos boas é extremamente importante para o crescimento das nossas crianças.

Elas aprendem com o ele, tal como todos nós.

É importante salientar, que sem falho não existe evolução.